No trabalho, Leandro conviveu com um grupo grande de portugueses que divertiam seus dias. Ora por falarem coisas engraçadas, ora por representarem, sem querer, algumas piadas que conhecemos. Deles se tornou amigo. E eu, por tabela, conheci pessoas de quem espero receber visitas. Acho que isso foi um dos pontos que nos fez adaptar tão bem a Portugal. A facilidade com que encontramos pessoas com quem pudemos bater papos bons e longos.
Na nossa última semana, não podia deixar de acontecer, então, um tradicional jantar de despedida. Fomos a um restaurante que eu não lembro o nome (sorry!), perto do Jardim Zoológico, comer galinha à cabidela, que é como eles chamam o frango ao molho pardo e que aqui no Brasil, eu nunca tinha comido.
A galinha veio num arroz com bastante caldo, quase que como uma canjinha, mas com o molho especial, que é feito com seu sangue. O prato estava muito saboroso e eu adorei ter vencido o meu preconceito inicial. Leandro também gostou bastante.
Depois do jantar, quando o restaurante fechou, fomos quase todos para o segundo round da noite. Em Lisboa é muito comum que as pessoas passem por 3 ou quatro lugares, entre restaurante e bares, em uma mesma noite. Depois de jantarem (refeição sagrada pra eles), eles seguem pra um bar e depois pra outro e pra outro até cansarem. Mas ninguém tava a fim de toda essa peregrinação depois de um dia de trabalho não!
A ideia inicial era irmos "tomar um copo" (tradução: beber um chopp) no Bairro Alto, mas a dificuldade para se chegar lá e estacionar nos venceu e fomos parar no Terreiro do Paço, onde quase todos beberam café e não chopp. Eu tomei um café com uma bola de sorvete dentro, que foi uma ótima sobremesa.
Depois de algumas horas de boas risadas, fomos andando pra casa. E eu me dei conta de que não era somente das fachadas bonitas, das ladeiras e da comida boa que eu sentiria falta.