Dia 29 - Quero passar o Natal aqui!

Acordamos e fomos tomar café, depois de ficarmos folheando os folders do hotel. Enquanto comíamos pão e queijo da Serra, a gente olhava pela janela, praquela vista maravilhosa e só pensava o quanto a gente quer voltar lá no inverno. Se já é lindo agora, com tudo branquinho então!

Subimos até Torre, o ponto mais alto da Serra, que fica a 2.000 metros de altitude e onde instalaram a estação de esqui muito visitada no inverno. Ver tudo, assim muito de cima, é tão divino. Perceber o quanto a gente é pequeno e como Deus é criativo e cheio de ideias. Adoro ficar olhando e olhando.

Descemos atrás de uma cachoeira chamada Poço do Inferno. Depois de vários km rodados, chegamos no lugar e as indicações são meio confusas. Primeiro achamos que só dava pra ir a pé. Depois que dava pra ir de carro. Percorremos um trecho e descobri na internet que a queda d'água ficava lá atrás mesmo. Voltamos, paramos o carro perto das mesinhas de pedra e subimos a escada de ferro que leva à vista.  Que perda de tempo! Praticamente não tinha água caindo e embaixo tinha um laguinho com cara de dengoso. Concluímos que a cachoeira deve existir e ficar forte mesmo na primavera, quando derrete o gelo formado nas montanhas.

Percebemos que a gente tinha que abastecer o carro com uma certa urgência e fomos até o próximo destino, a cidade de Seia, procurando um posto. Mais uma vez, já era tarde e a gente não tinha almoçado. Depois de encontrarmos o posto, paramos no primeiro restaurante bonitinho que vimos pela frente: Varandim da Serra. Lá dentro só tinha um pessoal tomando café e eu perguntei pra garçonete se ainda serviam almoço. A resposta foi positiva, graças a Deus! A mesma moça que nos atendeu e estava atendendo o outro grupo, ficava no caixa, preparou a comida e lavou a louça! É comum haver poucos funcionários nos estabelecimentos por aqui, mas essa era muito multifuncional. Comemos carne de porco, mais uma vez, com batata noisette. Tudo bom, como sempre.

Fomos até o Museu do Pão ver qual era a desse lugar. O Museu conta todo o processo da feitura do pão, os tipos existentes e também expõe capítulos da história que envolveram diretamente esse alimento, principalmente em Portugal. Mas não me impressionou.

Antes de voltar pra Lisboa, fomos até a Lagoa Comprida. Mais uma frustração. Tem uma barragem construída em quase toda a volta da lagoa. A verdade é que a lagoa existia, mas aí construíram a barragem pra poder armazenar e usar a água. E, pra mim, ficou feio. Leandro pulou o muro, igual um adolescente, e foi lá ver se dava pra mergulhar, mas a água tava muito fria e ele desistiu.

Pegamos a estrada e eu dormi quase que o caminho todo. Chegamos em casa mortos e cheios de viagens programadas para um inverno futuro.

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